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Rio ainda não decidiu sobre liberação de público na Libertadores

Nos dois eventos realizados no estádio, não foram obedecidos os protocolos de segurança sanitária, disse o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Estádio do Maracanã (Foto: Alexandre Vital / Flamengo)

Rio de Janeiro (RJ) – O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse nesta sexta-feira (16) que ainda não há decisão sobre o pedido do Flamengo para liberação da entrada de público, limitada a 10% da capacidade do Maracanã, para a segunda partida com o Defensa y Justicia, pelas oitavas de final da Taça Libertadores, na próxima quarta-feira (21). Soranz lembrou que, em dois eventos realizados no estádio, não foram obedecidos os protocolos de segurança sanitária. O último foi sábado (17), na final da Copa América, entre Brasil e Argentina, quando o protocolo previa várias entradas no Maracanã em horários escalonados.

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“Isso não aconteceu”, afirmou o secretário. As pessoas se juntaram e se organizaram para que todos entrassem no mesmo horário. “Foi o que gerou aglomeração. Outra situação importante foi a questão dos testes, que deveriam ser feitos em ambientes controlados, por uma empresa credenciada pela Copa América, com responsável médico. A Copa América liberou para que os torcedores pudessem levar os seus próprios testes. Não concordamos com isso. Esta nunca foi a nossa definição”, afirmou o secretário durante a apresentação do 28º Boletim Epidemiológico da prefeitura do Rio.

De acordo com o secretário, quando se propõe a realização de um evento com testagem, é importante que seja feito em ambiente controlado para que a própria empresa que o realiza tenha capacidade de aferir isso. Soranz disse que os testes estão sendo avaliados pela secretaria.“Hoje a prefeitura tem uma cópia desses testes. Estamos tentando verificar se houve testes falsificados. A Conmebol foi multada no limite do que podíamos. Negocia um novo protocolo, com regras mais rígidas e uma multa também acordada entre as partes em valor muito superior ao que tínhamos anteriormente.”

Para o secretário, apesar do cenário epidemiológico atual ser diferente do que se tinha anteriormente e de, aos poucos, os eventos serem retomados, é importante ter cautela, pois o vírus e a situação são novos. Ele disse que a secretaria entende que, para todos foi um ano duro e quw está sendo difícil manter as medidas restritivas, mas ressaltou a importância das atividades de lazer e de esporte para a sociedade.

“A gente tem total concepção sobre isso, mas é necessário um pouco de cautela. A gente não sabe ainda como isso tudo vai se comportar nos próximos dias. Se acontecer como está planejado, os resultados aparecendo e o número de casos continuar caindo, é claro que a gente vai ter, cada vez mais, uma posição favorável. Ninguém quer ficar segurando eventos por segurar. A gente está tendo cautela, que é o que o momento pede, um momento ainda de uma incerteza”, acrescentou.

Soranz citou decisões da de países como a Inglaterra, a Espanha, o Canadá e os Estados Unidos, que liberaram as restrições, quando chegaram perto de 75% da população vacinada com a primeira dose. “Ainda não tem essa segurança. Então, é melhor esperar e ver como está se comportando em outros locais, para tomar uma decisão que não coloque a vida de ninguém em risco, nem a sociedade como um todo”, destacou o secretário. “Quanto mais o cenário epidemiológico vai ficando favorável, maior a chance de liberação de eventos”, concluiu.