O adolescente morreu após assalto ser frustrado por um suposto policial (Foto: Lucas Pereira/DM)
Um adolescente, com idade entre 15 e 16 anos, foi morto a tiros no fim da tarde de sexta-feira (13), após uma tentativa de assalto, na Rua Omã (antiga Rua 51), no bairro Nova Cidade, Zona Norte de Manaus. O comparsa do jovem conseguiu fugir tomando rumo ignorado.
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Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar por medo de represálias, o adolescente estava acompanhado de um comparsa, provavelmente também menor de idade. Eles chegaram ao local a pé e invadiram uma casa, que fica na esquina da rua, onde renderam a proprietária do imóvel.
Na ocasião, o adolescente entrou e o comparsa ficou dando cobertura, quando um homem, que é policial militar reagiu e atirou na direção da dupla. O adolescente acabou sendo atingido com um disparo e depois de cair no chão, baleado com mais dois tiros à queima-roupa. O comparsa fugiu sem ser identificado.
O crime ocorreu por volta das 17h27. O suposto policial fugiu numa picape modelo Toro, cor prata, placa não identificada. Policiais militares da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que atenderam a ocorrência inicialmente não quiseram passar informações à imprensa.
Conforme a perícia criminal do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), o adolescente foi morto com três tiros, que atingiram costas, braço esquerdo e coxa direita. A vítima estava com um simulacro.
À reportagem do Diário Manauara, moradores relataram que os assaltos na área são constantes e a falta de policiamento facilita as ações dos criminosos. Segundo eles, momentos antes do homicídio, o mercadinho ‘Barateiro da Carne’ foi alvo de assalto. O estabelecimento fica próximo ao local do crime.
“Estamos convivendo com muitos assaltos e as viaturas da Polícia Militar só aparece por aqui quando tem ocorrência desse tipo. Alguns policiais vêm aqui apenas para namorar. A nossa moradia está cada vez mais perigosa”, contou uma moradora, que preferiu não se identificar.
Após os trabalhos de perícia no local, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Imagens de câmeras dos imóveis próximos a cena do crime devem ajudar à Polícia Civil a identificar o suposto policial descrito. O caso deve ser investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
