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Filho de PM é executado com seis tiros na frente da esposa, na Zona Centro-Sul de Manaus

Luciano saía de um bar, quando foi surpreendido pela dupla em moto (Foto: Mário Souza/DM)

O atendente Luciano Araújo de Oliveira, 23, foi executado com seis tiros, na manhã deste domingo (11), na Comunidade Santa Cruz, no bairro Flores, na Zona Centro-Sul de Manaus. A esposa da vítima presenciou o crime.

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A companheira da vítima, uma adolescente de 14 anos, relatou ao Diário Manauara que Luciano havia passado a noite bebendo com um grupo de amigos no Cecília Bar, localizado na Rua 2.

No local, Luciano se desentendeu com um homem, identificado como ‘Alex’. Os dois travaram luta corporal, mas ‘Alex’ acabou desmaiando depois de levar um soco. Após a confusão ser apaziguada, ‘Alex’ foi embora, enquanto Luciano permaneceu no bar.

Conforme informações de um perito criminal, a vítima morreu com seis tiros pelo corpo (Foto: Mário Souza/DM)

Ao sair do bar acompanhado da companheira, por volta das 7h, Luciano foi surpreendido por dois ocupantes de uma motocicleta preta. O garupa sacou uma arma de fogo e efetuou os disparos à queima-roupa. A adolescente não ficou ferida.

“Foi tudo muito rápido. Quando o Luciano viu os caras na moto, ele me empurrou e eu acabei caindo na rua. Nessa hora, o homem que estava na garupa, de porte físico forte [gordo], efetuou os disparos. A dupla usava capacete e a placa da motocicleta estava com fita adesiva, o que impossibilitou a identificação dos criminosos e da moto”, contou a adolescente.

A adolescente informou ainda que, Luciano estava recebendo ameaças de morte e era filho de um subtenente da Polícia Militar (PM), lotado na 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). A vítima já tinha passagem por tráfico de drogas e furto.

Luciano também era apontado como responsável pela morte de um homem, identificado como ‘Maranhão’, ocorrido na mesma comunidade no ano de 2016. Na ocasião, cumpriu pena de sete meses no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT). Além do homicídio, Luciano também tentou matar no mesmo local e ano um policial militar conhecido como ‘GG’.

Após os trabalhos de polícia, a perícia criminal do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) informou que a vítima apresentava seis perfurações pelo corpo, sendo dois na cabeça, dois nas costas, um no abdômen e outro no braço esquerdo. Três cápsulas e dois projéteis de pistola calibre ponto 40 foram recolhidos no local.

O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte da capital. A motivação para o crime será investigado pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Imagens de câmeras de segurança fixados em imóveis devem ajudar na identificação dos autores.