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Jair Jacqmont, 50 anos de amor à arte

Jair Jacqmont fez parte do seleto Clube da Madrugada na década de 60, a convite do pintor amazonense Moacir Andrade (Foto: Michael Dantas/SEC)

Experiência, entrega, dom e amor à arte. Assim pode se definir um pouco da trajetória de Jair Jacqmont, artista plástico que, em 2018, completa 50 anos de carreira artística. Natural de Manaus, Jacqmont já realizou mais de 60 exposições e executou importantes trabalhos como o desenho do Altar do Papa João Paulo II, durante visita a Manaus, em 1980.
De um artista que nasceu do encanto de ver a mãe desenhando a lápis, Jacqmont se tornou uma das grandes influências para colecionadores e admiradores da arte. Ele defende, por meio de desenhos, pinturas e instalações, a sua imersão na Amazônia, a floresta de superlativos e destaca que sua inspiração se idealiza pelo lugar no qual ele vive. “O que me inspira é onde eu estou, minhas influências também colaboraram muito para que minha admiração por esse lugar crescesse ainda mais”, conta Jacqmont.

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O artista também fez parte do seleto Clube da Madrugada na década de 60, a convite do pintor amazonense Moacir Andrade. “O Clube da Madrugada era composto por artistas defensores e incansáveis das matas da Amazônia, isso me influenciou de forma positiva a exprimir, por meio dos meus trabalhos, minha admiração pela floresta”, declara.

Jacqmont é formado em cursos de Pinturas, Materiais, Desenhos, Gravuras e Programação Visual no MAM – Rio de Janeiro; Serigrafia no Parque Lage – Rio de Janeiro e Curadoria e Montagem de Exposições na Fundação Nacional das Artes (Funarte).

Trabalhos executados

No decorrer de sua longa jornada, Jacqmont já realizou significativos trabalhos, entre estes, o desenho do Altar do Papa João Paulo II, em 1980; e o projeto e desenho da Berlinda de Nossa Senhora da Conceição, na Catedral de Manaus.

Participou da exposição de vanguarda “Como vai você, geração 80?” no Parque Lage – Rio de Janeiro e foi também diretor e curador da Galeria Afrânio Castro e do Centro e Artes Chaminé – Pinacoteca do Estado. Fez diversas curadorias, como a Zonarte, no balneário de Sesc em 1995; e o I Salão Plástica Amazônia, na Usina Chaminé, em 1998. Desenhou figurinos e cenários para teatro como “Amanusmente”, de Pombal, em 1989. Foi ilustrador do livro “Cem Haikais”, de Luiz Bacellar, em conjunto com o artista plástico Roberto Evangelista; e da ópera “Tosca”, apresentada no XVI Festival Amazonas de Ópera, em 2012.

Reconhecimento

O artista plástico já recebeu importantes premiações. Em 1965, ao realizar uma de suas primeiras exposições no Clube da Madrugada, recebeu o prêmio de melhor desenho, juntamente com o pintor amazonense Hahnemann Bacelar.

Em 1980, recebeu o prêmio do Governo do Estado do Amazonas em primeiro lugar no quesito pintura; também já foi premiado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, com o prêmio Aquisição, em 1982; e Prêmio Menção do Júri, em 1983; recebeu, pela Academia Amazonense de Letras, a medalha Péricles Moraes, entre muitas outras.

Projetos

Na comemoração das cinco décadas de carreira artística, Jair Jacqmont realizará, em maio, uma exposição, em grande formato, no Paiol do Inpa pelo Lab-verde, projeto de dimensão artística na floresta. No final do ano, realizará uma exposição no Icbeu, com todas as fases de sua carreira.

O artista destaca que a exposição será integrada por obras inéditas. “A visão global da minha construção artística, inserida dentro da arte contemporânea no Amazonas, é o que desejo transmitir na exposição no final do ano”, pontua.