×

Saúde

Samu investe em aprimoramento com técnicas para salvar vidas

O curso de SBV consiste em uma parte teórica e oficina de simulações práticas (Foto: José Nildo)

Qualquer pessoa corre o risco de um engasgo ou outra situação que pode causar uma parada cardiorrespiratória. Nessas horas a população já sabe que pode contar com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O que pouca gente sabe é que para atender a essas emergências, os profissionais estão em constante treinamento, por meio do Núcleo de Educação Permanente do Serviço, localizado na rotatória da Suframa, Zona Sul de Manaus.

Publicidade

Nesta terça-feira (8), mais uma turma do curso ‘Suporte Básico de Vida’ (SBV) foi realizada com o objetivo de atualizar os conhecimentos dos servidores, incluindo alguns do programa S.O.S Vida e Exército, em relação aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar do Ministério da Saúde (MS).

“Nossos profissionais do Samu estão em constante aprimoramento, sempre para salvar vidas de forma mais rápida e eficaz. Mesmo com o grande número de chamadas pelo 192, os servidores encontram tempo para treinamentos, porque sabem da importância de utilizar as práticas de salvamento no dia a dia”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.

Em 10h de atividades, o curso de SBV consiste em uma parte teórica e oficina de simulações práticas. Ambas ministradas pela chefe do NEU, a enfermeira Leda Sobral, e pelo instrutor do Núcleo, o anestesiologista Jander Araújo. Além de rever o protocolo recomendado pelo MS para reconhecimento de uma parada e aplicações de manobras de ressuscitação cardiopulmonar, os participantes recebem orientações quanto ao uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA), que é o aparelho de choque usado em algumas situações de parada cardíaca.

Leda Sobral reforça que o curso de SBV tem que ser feito pelos profissionais a cada dois anos. “Esta periodicidade se dá em virtude da manutenção da qualidade da assistência prestada. Os protocolos, geralmente, são renovados a cada cinco anos pelo MS. É necessário relembrar os técnicos sobre as condutas corretas para obtermos o melhor resultado, nesse caso a reanimação em um menor intervalo de tempo para preservar a sobrevivência e manter a qualidade de vida”, explicou a chefe.

A técnica de enfermagem, Paola Cristina Silva, atua no SAMU desde 2009 e sempre participa de cursos de atualização oferecidos pelo NEU. “É importante porque temos novas diretrizes e estudos. Isso contribui para que a gente possa fazer um bom atendimento ao paciente, no dia a dia”, comentou Silva.

Sinais de parada cardiorrespiratória

Sobral esclarece que a perda de consciência – que pode ser identificada quando a pessoa não responde ao ser chamado – e a não expansão do tórax – quando não respira – são sinais de uma parada cardiorrespiratória. Neste caso, a primeira ação que alguém próximo deve realizar é ligar para o SAMU. Imediatamente.

Depois, enquanto aguarda o atendimento chegar, colocar as palmas das mãos (uma sobre a outra) no centro tórax do paciente e comprimir de forma profunda (5 cm), forte e contínua até a chegada da ambulância. Isso deve ser feito por dois minutos, sem interromper, de forma rápida.

Após esse tempo, reavaliar o paciente, chamando novamente. Se ainda estiver inconsciente, a manobra recomeça e, a cada dois minutos, para e observa o quadro, até que volte a respirar ou até que o SAMU chegue. Isto pode ajudar na sobrevivência do coração.

Com informações da assessoria